Este ano nossas princesas participaram do cortejo imperial da 162a Festa da Santíssima Trindade. Para quem não conhece, é uma tradição que os colonizadores açorianos trouxeram quando chegaram ao litoral catarinense entre 1747 e 1756.
O cortejo imperial tem origem na história de Santa Isabel de Aragão. Nascida em Zaragoza (Espanha) em 1271, Isabel casou-se aos 12 anos com D. Dinis, Rei de Portugal. Era muito religiosa, devota da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo. Participava das missas, praticava caridade e distribuía esmolas secretas. Sua maior qualidade era ser pacificadora. Quanto seu filho D. Afonso e o Rei D. Dinis se desentenderam sobre a sucessão do trono ela fez uma promessa ao Divino Espírito Santo caso eles fizessem as pazes: peregrinar o mundo com uma cópia da coroa do império para arrecadar donativos para os pobres e passar o poder da realeza a pessoas simples do povo por três dias.
Quando pai e filho se entenderam, ela convidou a nobreza e o povo para a missa de Pentecostes, e cumpriu sua promessa convidando o mais pobre para ocupar o trono do rei na Capela-mor. E desde então esse ato se repete: alguém do povo é escolhido para ser o imperador, o motivo do cortejo imperial nas Festas do Divino.
Quando o Rei D. Dinis morreu, Isabel foi para o convento de Santa Clara de Coimbra, para viver entre os pobre e humildes. A Rainha morreu em 1336 , e sua fama de santidade se espalhou por todo o Reino de Portugal. Ela foi canonizada em 1742.
Um dos locais que mais cultivou o culto ao Divino Espírito Santo foi o Arquipélago dos Açores, e na vinda para o Brasil, trouxeram esta tradição.
A festa da nossa paróquia aconteceu nos dois primeiros finais de semana de junho, e as nossas meninas estavam muito felizes de participar pela primeira vez.
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