terça-feira, 14 de maio de 2013

confissões de uma mãe

Faz tempo que eu estou p/ escrever este texto. Pena que não consegui fazê-lo para o dia das mães.
Essa vida de mãe não tem sido fácil. Digo não só por ser mãe de quadrigêmeos, mas por ser mãe de crianças de 4 anos. Isso dá muito trabalho. Nunca pensei que fosse tão difícil educar. Acho inclusive que já escrevi isso aqui no blog outras vezes.
Volta e meia alguém me vê com as 4 na rua e diz: "você tem lugar garantido no céu". Parece, é? Não creio. Quem me vê pela rua geralmente ainda me vê sorridente, ... e é assim que eu engano. É que na rua elas geralmente se comportam bem; com exceções, é claro. Em casa todo mundo se transforma. Tudo vai bem, até que alguém cisma com a cor da blusa, com o prendedor de cabelo, com o lugar no carro, com o brinquedo, ou alguém não vem quando eu chamo, não obedece, não come... E aí a coisa fica feia. Esta "linda" mamãe de quadrigêmeas vira uma fera. A paciência desaparece por completo. Fico furiosa mesmo. Minha vontade é de sair correndo. Fugir. Mas não dá. E toda noite eu penso que quero ser uma mãe melhor no dia seguinte, mas acabo repetindo os mesmos erros. Penso que esta vida de mãe full-time talvez não seja a melhor opção, talvez não para mim. A convivência tão intensa acaba mostrando o pior de nós em alguns momentos, o que não acontece com as mães que trabalham fora, por exemplo. E escrevo isso também para consolo das mães que tem que trabalhar e ficam se sentindo culpadas por não poderem ficar mais tempo com seus filhos. Eu acho que esses filhos vão lembrar mais dos momentos felizes com suas mães.

É claro que eu amo meus tesouros, e agradeço todos os dias este presente enorme que recebi de Deus. Mas vida de mãe cansa. Principalmente nos dias de natação! É um stress na saída de casa, ou durante a aula, ou na hora do banho, ou em todos estes momentos. E o momento feliz do dia é ver as meninas dormindo, lindas, uns anjinhos quietinhos. Tem dias que eu caio no sono enquanto elas estão brincando, acho que quase desmaio por uns 15 minutos, e depois acordo melhor. E penso que tem outras mães com dificuldades maiores que as minhas. A Beri que além de ter quadrigêmeos, tinha todo o cuidado a mais com o Pablinho. Quanto trabalho e dedicação! A Ana Raquel aqui de Floripa, também com quadrigêmeos, sendo que uma precisa de cuidados especiais. E ela se dedica imensamente a propiciar todos os recursos para o desenvolvimento desta filha. Isso é muito mais trabalho do que eu tenho. E tantas mães de trigêmeos, gêmeos, ou as vezes 1 só que é difícil p/ dormir, ou tem complicações p/ comer..., tantas coisas que tiram o sono das mães por aí. Quem é mãe sabe.

E eu também respeito cada vez mais aquelas que decidem não ser mãe. Não é coisa para qualquer um. E não é que eu me ache grande coisa, muito pelo contrário, mas é que não basta querer ser boa mãe. Tem que se esforçar muito para isso. E mesmo se esforçando às vezes ainda não se é uma boa mãe. 

Acho mesmo é que preciso de férias! Isso sim! E ainda bem que eu tenho uma super-mãe que fica com minhas filhas para que eu e o marido possamos dar uma fugidinha juntos. Isso é coisa de mãe! Mamãe eu te amo!!!!
E como a minha cunhada Lidi bem comentou no dia das mães aqui em casa: a única maneira de retribuir essa ajuda de mãe é fazer o mesmo pelas nossas filhas/filhos quando for a vez delas/deles. 
Vou ter bastante trabalho pela frente! _ Espero que sim!

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22 comentários:

  1. Ana, é assim mesmo. Eu digo que mãe só muda de endereço, porque os desafios são sempre os mesmos (exceto, é claro, das mães que possuem filhos que necessitam de cuidados especiais, como você muito bem apontou). Comentei algo parecido com minhas amigas outro dia, que eu até poderia tentar deixá-las na escola durante meio-período durante alguns dias (as minhas gêmeas ficam período integral) para poder passar mais tempo com elas... Mas quando eu penso como elas aprontam (coisa normal de criança) e como eu fico mais cansada ainda e sem paciência (consequentemente, mais "chata"), prefiro que as coisas continuem como estão. Pelo menos agora, que elas ainda são pequenas. É, não é fácil mas é bom demais! Denize.

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  2. Nossa Ana, vc tirou essas palavras da minha boca, é exatamente o que tenho pensado ultimamente, em como essa trabalheira toda vai ser para sempre. Eu optei por ficar com meus gêmeos pelo menos por enquanto até eles completarem 2 anos, depois devo colocar na escola meio período.
    Mas definitivamente as vezes acho que vou surtar, mas logo penso que tenho ajuda com a casa, meus filhos tem saúde, e que eu escolhi ser mãe e penso nas mães que tem mais filhos... assim como vc, meu Deus somos testados a todos os instantes.
    Mas vamos vivendo um dia de cada vez.
    Força e não tenha dúvidas vc é uma ótima mãe sim, todas nós piramos de vez em quando.
    beijos.

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  3. oi, Ana,

    Adorei o texto. As férias estão chegando, amiga !!!

    O que tu sentes é perfeitamente natural! Não se cobre tanto. As meninas têm sorte de te ter como mãe e tu, de teres o apoio da tia Maria Luiza. E eu, de ser tua amiga :)

    beijos

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  4. Eu não quero ter filhos; não consigo me imaginar grávida, sofrendo durante/após o parto, e, como se não bastasse, tendo que EDUCAR uma criança.

    Adoro criança, mas não desejo ser mãe.

    Ser mãe é para poucas! Eu, que acompanho o blog deeeesde que elas eram "apenas" lindas bebezinhas - e não te conheço pessoalmente -, mesmo assim sei do seu cuidado, carinho e dedicação a elas.

    Não é toda criança que tem a sorte de nascer numa família como a de vcs.

    Como sempre, desejo muita sorte, muita saúde pra todos vcs! ;-)

    Pat.

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  5. Tamo juntas Ana.
    Tem dias em que acho que vou pirar, sei bem como é sair com muitas crianças e ouvir coisas desmedidas.
    Não importa se não somos perfeitas o que importa é que somos as melhores mães que podemos ser.
    Bejus e tudo de bom.

    Ps: A coisa mais doida que já ouvi, é que o lado bom é vão crescer juntos.
    Imagina todos eles pré adolescente.
    SOCORRO.

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  6. Oi Ana, sempre leio aqui mas raramente comento. Estou no time das que decidiram trabalhar fora e conviver com a culpa gigantesca da "ausencia" diurna, mas te falo com toda sinceridade do meu ser que pra mim, foi a melhor opção. Quando chego em casa é sempre a maior festa, o stress do dia passa mais rápido, apesar de tambem ser cansativo. Mas por outro lado me cobro muito por perder algumas coisinhas do dia-a-dia deles. O fato é, a maternidade é feita de escolhas difíceis mesmo e cabe a cada uma de nós optar pelo caminho que mais se adequa a nossa família. Aproveite para tirar férias, tenho certeza que fará um bem danado ao casal.

    Bjs! Ju
    http://osgemeosdaju.blogspot.com.br/

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  7. Oi Ana.
    Tenho 03 meninas - com 9, 7 e 3 anos. Estava escrevendo este comentario para falar alguma coisa que agora nem lembro mais, pois acabei de receber um telefone da minha velha, que me ligou para reclamar da avó que fica com elas. Que a vó isso, que a vó aquilo, e etc...Eu tenho uma moça que trabalha na minha casa, mas minha mãe vai todos os dia lá para ajudar (por vontade dela), mas muitas vezes tumultua mais do que ajuda...sinceramente
    Então te digo, não adianta, vc pode trabalhar o dia inteiro ( como eu) ou ficar em casa com elas que não será fácil. Sinceramente tem dias que tenho vontade de sumir...até perdi o pique para escrever...beijo
    Tatiana - Curitiba

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  8. Ana, mais que nada, obrigada pelo desabafo, não sabes oqto isso é consolador para uma mãe de primeira viagem como eu! acho q pertencemos memso a uma classe de pessoas muito corajosas, meio malucas q decidiram ter filhos nos dias de hoje. Estou numa fase de pensar em voltar a trabalhar e foi ótimo ler o teu e outros depoimentos e incrivel como os sentimentos, angustias e frustrações são as mesmas para todas. Não é fácil amiga, então vamos fazer valer a pena!

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  9. Ana que texto lindo e sincero, como de uma verdadeira mãe. Você não está sozinha viu. Parabéns pelas pequenas, e quando menos esperar o exemplo estará diante de seus olhos. bjoss na princesas.

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  10. Oi Ana, sigo seu blog há bastante tempo mas raramente comento, hoje não resisti :) Você é uma mãe maravilhosa, quando li este post não conseguia deixar de pensar que ele deve ser fruto do seu cansaço (mais que justificado). Eu tenho um filho, trabalho fora e ainda cuido da casa, vivo morta! Imagino você com tudo isso multiplicado por quatro... Sua trajetória na maternidade é linda e inspiradora, você é a melhor mãe do mundo para essas meninas, e com certeza elas terão ótimas recordações da infância :) Bjos :*

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  11. Que legal, Ana. Acompanho o blog a algum tempo mas nunca comento. Não tenho filhos, e não tenho certeza que terei. Achei o máximo teu texto por ser sincéro, sem a fantasia de 'ser mãe é perfeito é tudo lindo e maravilho'. Suas filhas são lindas! Parabéns!

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  12. Amiga, amei seu texto. Sempre digo que sou sua fã número um...
    beijao e amo d+ sua familia.

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  13. Caramba! Sinto o mesmo, vivo cansada, irritada e todos os dias ao vê-los dormir, sinto uma paz e a culpa de ter brigado, gritado, deixado de brincar com eles conforme me pedem e juro pra mim mesma que no dia seguinte será diferente... mero engano! Ser mãe é realmente padecer no paraíso.

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  14. Não se sinta nem um pouco culpada, Ana! Toda mãe tem medo de não ser boa o suficiente. E normalmente, as que mais temem, são as melhores. Já vi mãe que alarda ter feito maravilhas e os filhos não desmentem, mas sabem que não foi bem assim, assim como já vi mães que se julgaram péssimas e os filhos ficam indignados porque consideram que não poderiam ter tido mães melhores. O fato é que todas nós acertamos e todas nós erramos, assim como todas nós precisamos de férias de vez em quando.
    Pouco tempo atrás perguntei ao meu filho de 18 anos o que ele achava que havia faltado que eu o ensinasse. A resposta foi rápida: "Lavar copos. Me fez muita falta quando eu saí de casa."
    Sem culpas, sem stress... Divirta-se nas suas férias!
    Beijos

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  15. Olá! Estava passeando pelos blogs e acabei parando no seu... Caramba, 4 de uma vez só?! Aposto que foi e ainda é uma barra para você, como mãe, ter que lidar com tudo. Porque além de mãe, não podes deixar de lado a 'função' esposa né...

    Bom, adorei seu blog e vou seguir!!!

    Acabei de criar o meu também, para compartilhar o momento que estou vivendo: o de ser mãe solteira... Passa no meu para conferir um pouco da minha história tbm!

    http://mamaeemchoque.blogspot.com.br/


    Beijos :)

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  16. OI Ana! Acabei de conhecer o teu blog. Lindo texto este teu. Super mãe de quadrigêmeas heim! eheh. Bjs
    http://antonellaesuaboneca.blogspot.com.br/

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  17. Ana, você não é a única mãe que passa por isso. Como sua companheira de quadri, com mais uma, posso dizer que por aqui é a mesma coisa. Esta é uma fase muito difícil, autoafirmação, elas querem se afirmar a todo o custo, e o pior é que são muitas. Se fosse só uma seria mais fácil, posso dizer por experiência própria. Tive só uma filha e depopis 4. A paciência e o auto controle tem que estar sempre presente. Mas como não somos máquinas, nem de ferro, claro que a "casa cai" várias vezes. Mas também isso acontece porque queremos o melhor para elas. O limite é fundamental, o nosso problema é que temos que impor limites a 4 pessoas diferente a todo o momento, ao mesmo tempo, sem tréguas. Mas no fim das contas vale a pena. O amor que temos por todas elas é enorme. Não se sinta falha. Somos humanas e posso dizer dizer super mulheres!!!!!
    Continue que vc está no caminho certo. Muitos beijos!!!!! Sandra

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  18. Oi Ana, Meu nome é Ieda tenho 37 anos sigo seu blog a muito tempo e acho ótimo as coisas que escreve e as fotos delas que são lindas. Vc é uma super mãe. eu sou mãe de gemeos dois meninos que vão fazer 4 anos em agosto e concordo com tudo que vc escreveu e me sinto exatamente como vc. Eu não tenho mais familia para me ajudar e ainda trabalho fora pois so assim para poder pagar plano de saude para eles.Eles ficam na escolinha periodo integral e me sinto mau por isso e muito cansada esgotada é praticamente tudo por minha conta, meu marido infelizmente não ajuda muito. Força pra todas nós. bjo

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  19. ois
    sabe, meu problema ou tristeza, sei lá, é que tenho 2 ou 3 horas por dia com minha filha, só isso, e nesse periodo tenho que ser mãe, sabe mãe chata, que briga corrige, força pra escovar dente, forçaa jantar, enfim, toda a parte materna chata e dificil eu tenho que exercer nos poucos minutos que tenho com ela, justamente porque trabalho fora. Tenho medo, q diferente do que vc escreveu, Isabela só lembre de mim nos momentos de tormentas que passamos. é triste, mas é o que temos para hj.
    Sou Patricia Adorno (http://beladapaty.blogspot.com.br/), descobri seu blog a pouco tempo mas li todoss os post, rs, faço isso quando gosto. Parabéns pelas vitorias e força nas derrotas super mãe. bjo

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  20. Amei, Amei, pra mim super reconfortante ler esse texto após um fim de semana exaustivo com minhas gêmeas de dois anos. Me idendifiquei muito com seu desabafo e as vezes tenho vontade de desaparecer.....Amo seu blog e sempre que me encontro em situações de desespero é a ele que eu recorro. Bjos Ana.

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  21. Ana, olha eu realmente não sei como vc consegue. Por mais que vc perca a paciência ainda é pouco, muito pouco...Eu tenho gêmeas de 4 anos e meio, elas quase me enlouquecem!!! Amo elas de paixão, mas tem momentos (muitos) que perco a paciência mesmo!! Brigam por tudo, tudo msmo!! Eu nem consigo me imaginar com 4!! Acho que já tinha enlouquecido de vez..rs,rs,...Bjos e boa sorte para nós. Dirbert.

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  22. minha querida...aquele dia na sua casa eu esqueci de comentar: já tinha lido esse "desabafo", e foi um dos relatos mais humanos e sinceros que já li! Te admiro muito!!! beijinhos meus e da Nick. Aline.

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